METROLOGIA INDUSTRIAL: COMO A PRECISÃO IMPACTA A PRODUÇÃO E A COMPETITIVIDADE
Setor movimentou mais de US$ 15 bilhões em 2024, impulsionado por novas tecnologias e busca por mais conformidad0e na indústria global.
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Em um setor que depende de níveis de precisão e de qualidade extremamente exigentes e regulados por diferentes normas nacionais e internacionais, como é o caso da indústria, a metrologia surge como vetor determinante para assegurar a confiabilidade dos processos produtivos, ao mesmo tempo em que potencializa uma maior eficiência e o fortalecimento de diferenciais competitivos das empresas.
Ao reduzir os índices de incerteza dentro de cada etapa da produção, essa disciplina fundamenta não só a governança, conformidade e sustentabilidade dos processos industriais, mas também traz benefícios para a segurança do usuário, a durabilidade dos produtos e a redução de desperdícios em escala.
Não por acaso, o investimento em tecnologias e no desenvolvimento de inovações metrológicas avançadas tem sido uma prioridade na indústria global, refletindo a crescente exigência por rigor na fabricação de componentes de alta precisão.
Nesse sentido, de acordo com dados da Global Market Insights, só em 2024, o mercado de metrologia industrial ultrapassou a marca de US$ 15 bilhões em investimentos, devendo ainda crescer anualmente 7,1% em todo o mundo até 2034.
A consultoria indica ainda que todo esse crescimento é movido por inovações disruptivas como os sistemas de medição a laser, tecnologias 3D, sensores sem contato e dispositivos de inspeção automatizados.
No contexto fabril, é importante frisar que a metrologia industrial abrange desde calibração de instrumentos até a implementação de sistemas de controle estatístico de processos (CEP), garantindo que os produtos finais atendam às especificações projetadas com o menor desvio possível.
Mas essa jornada guarda consigo erros comuns que demandam atenção das lideranças do mercado. Da escolha inadequada de equipamentos de medição à ausência de processos sistemáticos de calibração, estamos falando de falhas que comprometem a qualidade, a segurança de usuários e a obtenção de certificados essenciais para o sucesso na indústria.
A adoção e controle de padrões normativos, nesse sentido, é essencial para mitigar esses riscos. No Brasil, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e a International Organization for Standardization (ISO) regulam diferentes aspectos da metrologia. A ISO 9001, por exemplo, estabelece diretrizes para a gestão da qualidade, enquanto a ISO 10012 define requisitos para sistemas de medição e confirmação metrológica.
O campo normativo é amplo e conta ainda com especificidades para cada indústria, fato que demanda tanto um acompanhamento rigoroso e atualização contínua por parte dos gestores, como também um olhar que alinhe conformidade com inovação.
Inovação essa que, como vimos, impulsiona a metrologia industrial contemporânea, abrindo possibilidades no campo da alta precisão, medição sem contato e soluções baseadas em inteligência artificial para análise preditiva.
A metrologia óptica, por exemplo, já é amplamente utilizada na inspeção de microcomponentes na indústria eletrônica, onde métodos convencionais de medição por contato seriam inadequados.
Além disso, os sistemas de metrologia sem fio e conectados à Internet das Coisas (IoT) vêm permitindo o monitoramento remoto e em tempo real da qualidade dos processos produtivos, potencializando ainda o uso de grandes volumes de dados para aprimorar indicadores de qualidade da cadeia industrial.
Com tudo isso, é possível afirmar, sem sombra de dúvidas, que a metrologia pode e deve ser vista não apenas como uma disciplina que visa fins regulatórios, mas sobretudo, como um instrumento estratégico para inovação, excelência operacional e competitividade da indústria brasileira em sua rota de retomada.
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