Em setembro passado, a Federação Internacional de Robótica (International Federation of Robotics - IFR) apresentou em Frankfurt o seu relatório anual, o World Robotics 2020 Industrial Robots, com números animadores. A entidade anunciou o recorde no estoque de robôs industriais operando em fábricas em todo o mundo, calculado em de 2,7 milhões, o que significa um aumento de 12% em relação a 2018. As vendas atingiram 373.000 novas unidades em 2019, apontando uma retração de 12% em relação ao ano anterior. Ainda assim é o terceiro maior volume de vendas já registrado pela organização. A análise da IFR ainda apontou que o estoque operacional número um da América do Sul está no Brasil, com 15,3 mil unidades – um acréscimo de 8% no estoque local. As vendas diminuíram 17% com cerca de 1.800 instalações, mas também é um dos melhores resultados de todos os tempos. A tendência mundial na adoção de robôs colaborativos (cobots) foi confirmada e atingiu 4,8% dos 373 mil robôs industriais instalados em 2019. A porcentagem de crescimento dos cobots foi de 11% e, ao que tudo indica, com um amplo espaço para conquistar nesse cenário vigoroso.
Especialistas sugerem que os Sistemas de Visão são a nova força de trabalho. De fato, as novas tecnologias como IIoT, Aprendizado de Máquina e Inteligência Artificial, aliadas aos softwares amigáveis, tornam os Sistemas de Visão acessíveis e eficientes para atender à demanda por produtos com qualidade. Para qualquer indústria.
De um lado estão fornecedores especializados que oferecem soluções cada vez menos proprietárias e, de outro, companhias que disponibilizam a interface homem-máquina (IHM) como parte de uma solução global. Tanto faz, as IHMs continuam sendo a melhor forma de aquisição de dados em tempo real e de forma eficaz.
Ele é um dispositivo que tem como função detectar e responder, sem erros, a um estímulo: pressão, temperatura, nível, vazão, umidade, luz e - também -presença. O objetivo, comumente, é controle, monitoramento e segurança. Com um sem número de aplicações na indústria e papel preponderante na automação industrial, os sensores estão vendo suas características serem ampliadas e tornando-se desafiadoras, haja vista os requisitos cada vez mais exigentes, especialmente dentro do conceito de IoT (Internet das Coisas). Neste cenário, a relação sensores e cibersegurança tornou-se prioridade na indústria, pelo fato de que esses dispositivos podem ser uma porta de entrada para os hackers invadirem sistemas de plantas industriais, e promover o caos.
A Zion Market Research publicou em agosto um relatório sobre o mercado de comunicação industrial. Os números da pesquisa indicam uma movimentação de US$ 83,5 bilhões em 2018, com previsão de atingir perto de US$ 174,5 bilhões em 2025. São cifras expressivas em um mercado que aposta forte na inteligência artificial e na IoT para impulsionar aplicações. Contudo, alguns obstáculos ainda dão trabalho para os fornecedores, que procuram garantir a comunicação rápida, confiável e mensurável para usuários.
As atuais vedetes da Automação Industrial – Indústria 4.0 e Inteligência Artificial – estão fazendo com que as empresas, se não aumentem, pelo menos cultivem, seus investimentos em Logística. As razões são evidentes: o exponencial crescimento do e-Commerce (40% em 2018) aliado aos avançados sistemas automatizados à disposição no mercado, que tornam grande parte das tarefas mais rápidas e eficientes. A seguir estão as entrevistas feitas com especialistas de três grandes fornecedores de produtos e serviços diferenciados para o setor de Logística: sensores a laser e leitores de código; sistemas de acionamentos de esteiras e de paletização; e sistemas automatizados para movimentação e armazenagem de materiais. O resultado é uma abundância de informações que pode ser um orientador no momento de especificar a automação da cadeia logística.
A indústria pode incluir mais um item no rol de justificativas para se modernizar: a economia de energia. Projetos de eficiência energética são hoje uma necessidade imperiosa para se reduzir custos e aumentar a competitividade, por razões óbvias. E as tecnologias de IoT e de Inteligência Artificial aparecerem como fortes aliadas.
Conta-se que o termo Inteligência Artificial surgiu em 1956, em uma conferência de tecnologia no Dartmouth College, nos Estados Unidos. É um tempo considerável para que tenha conquistado as telas de cinema (o sensacional Blade Runner de 1982, por exemplo), se tornado best-seller (“Inteligência Artificial”, de Peter Norvig e Stuart Russel, uma referência acadêmica desde que foi lançado em 2004), dominado as residências (eletrodomésticos e móveis conectados já disponíveis) e a receita do seu uísque (Sim! Veja o box) e, mais recentemente, seja a prioridade dentre as tecnologias na indústria. Custo? Qualidade? Economia? A resposta está na realidade e na necessidade. Ou vice-versa. Para as quais é preciso conhecimento e planejamento. Ouvimos companhias de ponta em Inteligência Artificial, com capacidades para ensinar o que vem a ser, de fato, Inteligência Artificial, e a sua contribuição genuína à automação industrial.
Os sensores são dispositivos importantes nas indústrias de processo e manufatura há longo tempo. Mais recentemente, ganharam destaque. Em razão das suas capacidades aumentadas, da sua flexibilidade e dos seus tamanhos menores, tornaram-se inteligentes. E esta é uma característica que faz do sensor inteligente um astro no panorama da Indústria 4.0 e da IoT. Para os usuários isto significa mais lucratividade por meio de ativos mais produtivos.
Pesquisa sobre adoção da Internet Industrial no Brasil, realizada pela Associação Brasileira de Internet Industrial (ABII) no ano passado, indicou que das 84 empresas entrevistadas, apenas 29% conheciam a IIoT (Internet Industrial das Coisas). Mostrou ainda que 65% não tinha projeto algum implementado ou em andamento no que se referia às tecnologias que envolvem a digitalização da indústria. São dados espantosos! Contudo não se pode negar que a IIoT veio para revolucionar a forma de comunicação entre os equipamentos do chão de fábrica – e a sua integração com as camadas de gestão –, por meio de novas funcionalidades e, melhor, possibilidades.