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TRABALHANDO ENTRE ROBÔS

Especialista afirma que todos os funcionários, passando por operação, engenharia, até altos executivos, irão trabalhar entre os robôs, com diferentes níveis de interação.

TRABALHANDO ENTRE ROBÔS

Atualmente muito se fala sobre quando iremos interagir com diversos tipos de robôs em nossas atividades diárias. É claro que isso inclui uma enorme gama de “robôs”, principalmente os chamados Chatbots, que na realidade são programas de computador para automatização de diálogos entre usuários de um sistema e um “robô de atendimento”. Mas o que ocorre dentro de um ambiente produtivo industrial?

Fernando Silveira Madani - coordenador no curso de Engenharia de Controle e Automação no Instituto Mauá de Tecnologia (IMT) - lembra que na indústria são utilizados predominantemente os Manipuladores Robóticos Industriais, ou simplesmente Robôs Industriais. Segundo o relatório de 2018 da Federação Internacional de Robótica (IFR), há um expressivo aumento na aplicação de novos robôs industriais no mundo, com um crescimento exponencial desde 2010 e um aumento de 30% na venda desses robôs, somente em 2017.

“Muitas vezes a aplicação de robôs na indústria é erroneamente apontada como forma de substituição de postos de trabalho humano causando o desemprego. Os números do relatório executivo 2018 da IFR apontam, entretanto, que a Ásia é a região de destaque com maior crescimento de aplicações nos últimos anos. Podemos observar a República Coreana, por exemplo, com 710 robôs industriais para cada 10.000 empregados na indústria de manufatura, 1.a do ranking global, seguida por Singapura com 658 robôs. E na sequência do ranking global estão Alemanha com 322 e Japão com 308. Todos esses países possuem taxas de desemprego inferiores a 3,5% e são reconhecidamente potências do mercado produtivo”, detalha o professor Silveira Madani.

O mesmo relatório aponta ainda a queda de 6% de novas aplicações no Brasil, quando já estivemos na 76.ª posição do ranking com apenas 10 robôs a cada 10.000 empregados da indústria. Observando-se o mercado e as condições das indústrias, fica claro que a utilização dos robôs não pode ser responsabilizada por redução de postos de trabalho, mas o contrário. A melhoria na eficiência dos sistemas produtivos e da competitividade da indústria no mercado global é fundamental para manter e criar novos postos de trabalho. “Na atual conjuntura, o panorama é de otimismo para os profissionais de áreas como automação e robótica, que podem vislumbrar muito trabalho nas ações para garantir a competitividade industrial, preservar e ampliar postos de trabalho na indústria”, reforça o especialista.

Outra característica que demonstra que a aplicação de robôs não indica o afastamento da mão de obra humana são os chamados robôs colaborativos, que cada vez mais ganham espaço entre os fabricantes e a indústria. Projetados incorporando diversas tecnologias modernas, esses robôs podem apresentar características para melhorar a produtividade, envolvendo: repetibilidade; velocidade e aceleração; otimização (para minimizar ociosidade). Merecem, principalmente, destaque pela preocupação de garantir a segurança dos colaboradores (pessoas) e do próprio investimento, em diferentes níveis, sendo indicados para aplicações de colaboração Homem-Máquina em ambientes comuns, seguindo diferentes avaliações de risco.

“Todos os empregos na indústria, portanto, desde os funcionários de facilities, passando por operação, engenharia, até altos executivos, irão trabalhar entre os robôs, com diferentes níveis de interação com esses equipamentos. Não serão necessariamente criadas novas profissões em detrimento das existentes, mas, além dos conhecimentos técnicos, os profissionais deverão acostumar-se e aprender a extrair os melhores resultados do trabalho com os novos equipamentos e tecnologias”, conclui o coordenador Silveira Madani.

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