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Assim como no comércio eletrônico, automação se torna prioridade para as empresas de logística

Por Carlos Urbano, diretor de Industrial Automation da Schneider Electric Brasil.

Assim como no comércio eletrônico, automação se torna prioridade para as empresas de logística

Assim como o comércio online – que registrou um aumento de 44% no gasto de consumidores em 2020 só nos EUA –, o setor de logística tem evoluído nos últimos anos. Impulsionadas pelas vendas eletrônicas, tendências como comércio eletrônico, controle de movimento, robótica e transformação digital estão acelerando o ritmo de entrega de mercadorias e esse padrão está sendo replicado na maioria das regiões do mundo.

O crescimento de armazenagem também vem sendo estimulado pelo comércio eletrônico. Megavendedores, como a Amazon, têm estabelecido novos níveis de expectativas de velocidade de entrega sem colocar muito do custo por pedido no que chega ao consumidor final. Dessa forma, o alcance regional está se expandindo, diminuindo o tempo de cobertura.

Além da necessidade de alta velocidade, outra grande mudança que vem ocorrendo no setor de logística nos últimos anos é a escassez de trabalhadores, o que tem aumentado a pressão sobre as empresas. Contratar mais pessoas deixou de ser uma opção viável. Trabalhadores de armazém qualificados são muito procurados; por esse motivo, houve um aumento dos custos e das expectativas. Com isso, a porcentagem de entrada de trabalhadores da nova geração ficou atrás do número de aposentados que estão deixando suas empresas.

Competitividade nas empresas de logística
O que pode ser feito para superar esses desafios crescentes? Uma área que muitas companhias estão considerando e na qual vêm investindo nos últimos anos é a automação para aumentar a eficiência no trabalho. Mais especificamente, esse investimento em tecnologia está sendo focado em sistemas de controle de movimento e robótica para aplicações de transporte.

A empresa especializada em dados Statista informou que o mercado global de robôs deve crescer, considerando a taxa de crescimento anual CAGR, cerca de 26%, chegando a quase US$ 210 bilhões em 2025. Para a indústria de logística, isso significa que mais robôs são necessários dentro e ao redor do transportador para a classificação, separação e indução de sistemas.

Caminho gradual para o controle de movimento e integração robótica
A migração para tecnologias avançadas de controle de movimento e robótica não precisa ser instantânea. Como cada empresa de logística assimila e monetiza seus investimentos em automação da sua maneira, essa questão dependerá de seu tamanho, escala e tipo de inovação necessária.

Muitas organizações estão em diferentes estágios de maturidade em sua jornada de automatização. As partes interessadas podem introduzir o movimento robótico e sistemas de classificação que fornecem benefícios de retorno rápido e, em seguida, migrar lentamente para processos mais complexos, com base nos resultados alcançados.

Se implementada corretamente, a automação de nova geração não só otimizará as operações, os requisitos de tempo e recursos, mas também aumentará o tempo em que a força de trabalho qualificada pode se dedicar ao desenvolvimento de estratégias de crescimento e iniciativas de mercado (em vez de concluir tarefas manuais).

Desse modo, da produção industrial até a entrega para o consumidor final, os segmentos estão evoluindo e trazendo para seus processos maior produtividade, qualidade e agilidade. Toda a cadeia tem se movimentado para que a automatização se torne um processo natural e pautado na entrega de um bom produto ou serviço. O mundo está mudando e todos nós precisamos nos adaptar para atender às demandas de mercado.

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